sexta-feira, 26 de maio de 2017

UM DRINK COM A MORTE


      Continha veneno naquela taça
      Diluído no liquido vermelho do entorpecimento.
      Uma taça de borda assimétrica que escondia o perigo!
      E você do outro lado assentada sorrindo.


Você sabia que sua bebida me mataria,
Que era fraco e aos seus encantos não resistiria.
Sabia que estava a mercê da sua toxina e nada fazia pra me ajudar,
Afinal, a sua intenção era comigo acabar!

      Fria, suave e fatal!
      Uma taça de paixão tresloucada sem igual.
      Temperada com a ilusão de posse
      mesquinha,
      Assim você me envenenava com sua
      covardia!

Enquanto bebia seu líquido de morte.
A você me entregava, suplantado em sua sorte.
Controlava minha vida com histérica humilhação,
Destruindo minh'autoestima sem qualquer hesitação.

      Meu corpo arranhado pelo chão jogado
      Machucado, pelo longo sofrimento macerado.
      Em carne viva escalavrado,
      Pingando sangue grosso, salgado.
      Sangue negro de um guerreiro derrotado!

Morri calado, sufocado, agonizando ao seu
lado.
Expulso da sua vida pelo seu gênio
indomável.
Morri humilhado, sem estima acabado!
Sem brilho, sem sorriso, pelo seu ódio
envenenado.
Clamei por socorro de amor e você não
m'acudia,
Embrulhando-me na sua indiferença e
vilania.
Um homem sem sorte,
Envenenado com o drink da morte.


Walldyr Philho
Poeta/Escritor
imagem retirada do google

VOMITANDO A CURIOSIDADE


     Você fala como se eu tivesse culpa de te amar.
     Como se tudo isso fosse premeditado e controlasse o que sinto.
     Amo-te deveras e embora não quisesse. Minto!
     Quis te esquecer jogando-o no monturo do desprezo,
     Porem, meu coração iludido apiedava-se de você com extremo zelo.

     E vendo minha falta de capacidade de te conquistar.
     Criava planos mirabolantes pra te odiar.
     Assim ficava mais fácil  sua indiferença suportar.
     Deixaria meu coração fechado, sem correr riscos de se machucar.

Quanto absurdo, me tratar como uma amiga, uma singela irmã.
Sou mulher como todas as outras com sentimentos eros...
É ridículo converter algo tão sublime em sentimento fraternal
Te ofereci química, calor de pele, tesão garantido e satisfação.
Uma mulher submissa aos seus desejos, caprichos sem qualquer objeção.
Queria experimentar com você o ápice pleno do prazer total,
Levar-te a lugares divinos da fraqueza e poder,
E gozarmos dos carinhos e o que dele pudessemos ter.

Lamento que a esse fogo tenha apagado.
Agora, sobraram-se as cinzas como resultado.
Não te quero, nem te desejo, ainda que fosse o ultimo dos homens mortais.
Aprendi a sentir desprezo, nojo pelo seu corpo, seu ego, seu EU!
Não te quero como amigo, conhecido e muito menos um irmão meu.
Siga seu caminho sem lembrar que tudo isso um dia te ofereci,
Pois sinto remorso na alma saber que um dia te conheci, desejei.
Mais graças a DEUS me arrependi, acordei!

Walldyr Philho
Poeta/Escritor
imagem retirada do google

CURIOSIDADE - 2

Eis aqui o motivo real da sua curiosidade.
Como você pode ver, não há nada demais!
Tenho tudo o que todos os homens tem...
Mais a maior beleza que te encanta está no meu coração.
É dele que saí o sentimento que domina sua razão.

     Meu corpo é composição humana.
    Precisa de cuidados e nisso me empenho.
     Não busco a perfeição, busco saúde!
     E praticar exercícios é o meu maior costume.
     Por favor, não me idolatre, nem alimente seu tesão,
     Pois o que sente é curiosidade nascida no fogo da paixão.

Corpo esculturado com tudo no lugar.
Tudo perfeito sem nada a acrescentar.
Desperta desejos eu sei, mais é necessário controlar!
Não é porque tenha corpo perfeito,
Que seja obrigado a seus desejos consumar.

Walldyr Philho
Poeta/Escritor
    

imagem retirada do google

CURIOSODADE

Que é isso Amiga que se passa contigo?
Vi seu olhar de desejo penetrante,
Fitando meu corpo num mixto louco de curiosidade.
Estava tão entretida em seu devaneio que não percebeu,
Que mais que um poço de desejos, sou amigo seu!

     Havia paixão em seu olhar penetrante,cortante
     Que parecia minhas vestes despir.
     Fiquei crispado, acanhado quando suas intenções percebi,
     Por isso, rápido como um colibri de sua presença fugi.  

Confesso que estava tentando te evitar.
É que não queria esse seu desejo oculto alimentar.
Desculpe Amiga, não posso dessa sua fantasia participar.
Entendo seu sentimento mais lamento!
Sei que é triste do desejo não obter retorno,
Se pudesse, te amaria com gosto.

     Porque alimentou seus desejos por mim?
     Tantos outros haviam que poderiam fazê-la feliz!
     Te vejo como Amiga, uma Irmã minha
     E macular esse sentimento em nome do tesão é covardia!

Walldyr Philho
Poeta/Escritor
imagem retirada do google

ANJO PERDIDO

Você não faz ideia de como dói ser um homem sozinho!
Um homem que nunca está livre da solidão.
Homem calado, triste, sofredor. Homem chorão!
Você nem imagina como pesa carregar a fama de mau!
Como machuca ser tratado com desprezo, infecto...
Como é penoso não ter um amor e viver mergulhado em dor, angústias e restos!
Um homem solitário, discriminado na vida, tratado como dejeto!
Fora outrora Amado, aclamado, desejado,
E hoje vive no desterro dos desesperados.


Homem de feridas abertas que se
machucou por amor.
Que sem armadura morre um pouco
a cada dia no charco da dor.
Homem abandonado, maltratado,
despedaçado...
Homem sozinho que fora duramente
desapontado!

Você não faz ideia de como é carregar todo esse fardo.
Só porque tomou a estrada errada, foi parar na cruel sarjeta.
Agora jaz sem memória, sem futuro, com o passado sombrio. Sem história!
Um homem sem asas impedido de voar.
Homem machucado que não sabe mais sonhar.

Walldyr Philho
Poeta/Escritor
imagem retirada do google

DESABAFO DE UM GLADIADOR

Você tem certeza plena de que quer andar ao meu lado?
Veja bem pra não se arrepender depois...
Escute com atenção o que vou te falar,
Quero que saiba por mim antes que boatos do passado possam vir te perturbar!


Eu era escravo, propriedade do meu senhor.
Que abusava das minhas qualidades sem nenhum pudor.
Mesquinho e arrogante menosprezava o meu valor!
Obrigava-me a enriquecê-lo com minha força e destreza,
Tratando-me como um produto domesticado da sua avareza.
Não podia ir a onde queria,
Pois era prisioneiro da tirania...
Lutava sem querer pra sobreviver,
Derramando meu sangue negro para lhe entreter.
Tentava a todo o Custo roubar os meus sonhos,
Aando-me no charco da dor...
Dizendo: Você é negro, é escravo, reconheça o seu lugar,
Mas, saiba de uma coisa, eu não fui feito para quebrar.

Resgatarei meu valor perdido ao fio da espada.
Regarei a terra seca da sua alma com suor e lágrimas derramadas.
Quebrarei os muros do impossível na força dos
meus murros,
Dizimarei sua vilania preconceituosa com minha determinação e coragem.
Desmancharei seu orgulho insano, ridículo e covarde.

Sou negro, sou guerreiro valente, sou gladiador.
Venço as batalhas que você não tem coragem de encarar.
Então, não pense nem por um segundo que sou um beócio,
E que não tenho a coragem pra lhe desafiar e derrotar!
Se fiquei quieto até agora foi simplesmente pra te preservar,
Pois sei que as palavras são duras, frias e podem machucar.
Saiba que não estou pedindo sua misericórdia e compaixão,
Aqui nessa arena da vida sou gladiador invicto formador de opinião.
Busco minha libertada perdida com a força do meu dorido coração.

Sou forte o suficiente pra dizer Basta!
Não ouse bagunçar minhas emoções,
Duvidar do meu caráter pois vou lhe decepcionar.
Já vi muitos sonhos desperdiçados pra saber o meu valorizar.
Não brinque com um gladiador treinado pra morte enfrentar..
Você corre sérios riscos de minha vitória em pé aclamar.
Sou guerreiro destemido e não irei jamais aos seus preceitos me curvar!
Sinceramente espero que esteja preparado pra lutar.

Walldyr Philho
Poeta/Escritor

imagem retirada do google

DESTROÇOS EM MIM

Estrada Longa, vazia.
Estrada cruel, fria!
Sentado a sua margem sem forças jazia...
Em lágrimas, confuso e sozinho na lama da estrada me afundei.
Todos haviam ido embora por medo de se contaminar,
Ao descobrir minha infecta patologia!
Luzes se apagaram, promessas não se concretizou.
Sonhos ruíram, tudo terminou!

DESTROÇOS EM MIM

Estrada Longa, vazia.
Estrada cruel, fria!
Sentado a sua margem sem forças jazia...
Em lágrimas, confuso e sozinho na lama da estrada me afundei.
Todos haviam ido embora por medo de se contaminar,
Ao descobrir minha infecta patologia!
Luzes se apagaram, promessas não se concretizou.
Sonhos ruíram, tudo terminou!


Porém, um pouco de esperança em mim
brotou.
Quando um Amigo que julguei ter perdido
me visitou.
Veio desarmado, saudoso...
Trouxe calor sincero, sorriso farto e um
forte abraço.
Havia brilho em seu olhar, cura em suas
palavras,
Carinho fraterno e amparo.

Estava deveras vergonhoso por estar prostrado naquele estado!
Exalava o forte cheiro ácido do vinagre da maldizência alheia,
Feridas abertas em meu corpo sofrido, deixava-me encolhido, dolorido...
Palpabras cansadas insistiam em se fechar,
Voz emudecida gemia sussurros cortantes me fazendo chorar.
E assim jazo á beira da estrada entre a loucura e fantasia a vagar.
Um estado deprimente, decrépito de um homem que ousou sonhar.

Sabe nobre Amigo, preciso algo te confessar...
Não sei por quanto tempo ainda ficarei nesses destroços a lamentar!
Por enquanto preciso nessa desgraça ficar!
Preciso me avaliar, me encontrar.

E só então meu Amigo, depois de me limpar,
E curado ficar... Quando sobre meus pés puder se firmar.
Quando as lágrimas secarem, a dor aliviar, a força voltar...
E quando minha voz chegar, estarei pronto pra cantar.

Estarei de vestes nova, aparência renovada,
Sorriso farto, brilho nos olhos, passos descansados...
Só então voltarei a subir as montanhas revigorado.
Serei um espanto de admiração por estar ressuscitado!
Ressurgirei de um passado de destroços esmilhuçados,
Como uma fênix icônica serei eternamente lembrado.

Não esquecerei sua atenção e carinho por ter me visitado!
Terás meu respeito eterno, minha sincera gratidão
Simplesmente por ter sentado ao meu lado e segurado minha mão.
Por ter aquecido meu corpo enrijecido pelo frio do desprezo,
Tirando-me da morte hiportémica, do charco do desespero.
Isso que fizeste, acredite, não tem preço.
A você, todo o meu carinho, amizade eterna, respeito e apreço.

Atitude vale mais que palavras
Muito Obrigado.

Walldyr Philho
Poeta/Escritor
Porém, um pouco de esperança em mim
brotou.
Quando um Amigo que julguei ter perdido
me visitou.
Veio desarmado, saudoso...
Trouxe calor sincero, sorriso farto e um
forte abraço.
Havia brilho em seu olhar, cura em suas
palavras,
Carinho fraterno e amparo.

Estava deveras vergonhoso por estar prostrado naquele estado!
Exalava o forte cheiro ácido do vinagre da maldizência alheia,
Feridas abertas em meu corpo sofrido, deixava-me encolhido, dolorido...
Palpabras cansadas insistiam em se fechar,
Voz emudecida gemia sussurros cortantes me fazendo chorar.
E assim jazo á beira da estrada entre a loucura e fantasia a vagar.
Um estado deprimente, decrépito de um homem que ousou sonhar.

Sabe nobre Amigo, preciso algo te confessar...
Não sei por quanto tempo ainda ficarei nesses destroços a lamentar!
Por enquanto preciso nessa desgraça ficar!
Preciso me avaliar, me encontrar.

E só então meu Amigo, depois de me limpar,
E curado ficar... Quando sobre meus pés puder se firmar.
Quando as lágrimas secarem, a dor aliviar, a força voltar...
E quando minha voz chegar, estarei pronto pra cantar.

Estarei de vestes nova, aparência renovada,
Sorriso farto, brilho nos olhos, passos descansados...
Só então voltarei a subir as montanhas revigorado.
Serei um espanto de admiração por estar ressuscitado!
Ressurgirei de um passado de destroços esmilhuçados,
Como uma fênix icônica serei eternamente lembrado.

Não esquecerei sua atenção e carinho por ter me visitado!
Terás meu respeito eterno, minha sincera gratidão
Simplesmente por ter sentado ao meu lado e segurado minha mão.
Por ter aquecido meu corpo enrijecido pelo frio do desprezo,
Tirando-me da morte hiportémica, do charco do desespero.
Isso que fizeste, acredite, não tem preço.
A você, todo o meu carinho, amizade eterna, respeito e apreço.

Atitude vale mais que palavras
Muito Obrigado.

Walldyr Philho
Poeta/Escritor